Municípios pagam a conta do atraso do Estado na saúde

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Os hospitais e municípios têm penado com os atrasos de repasses na área da saúde pelo Estado. Isso porque serviços e materiais são bancados por prefeituras e instituições de saúde. Sem falar em atendimentos paralisados como fez a Casa de Saúde devido aos atrasos.

Só para o município de Santa Maria, a dívida do Estado na área soma R$ 16,7 milhões e ultrapassa governos. Da gestão de Tarso Genro (PT) ficou para trás R$ 3,2milhões referente ao último ano, 2014. Já da administração José Ivo Sartori (MDB), as cifras acumuladas nos quatro anos somam R$ 11,2 milhões. Já do atual governo, Eduardo Leite (PSDB), o valor é de R$ 2,3 milhões. Na última segunda-feira, o Palácio Piratini anunciou o pagamento em 16 parcelas dos valores atrasados com municípios e hospitais e que foram empenhados. Santa Maria receberá em agosto parcela de R$ 3,1 milhões dos R$ 16,7 milhões.

Com mais de 2 mil pacientes na fila de espera, serviços do Husm agonizam

Com os atrasos e a crise do Estado, a prefeitura de Santa Maria acaba bancando serviços como o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), medicamentos, fraldas, entre outros. Essa é realidade não é só de Santa Maria, grande parte dos municípios vive essa situação: ficam com a conta das despesas e acabam deixando de investir em outras áreas para garantir os serviços de saúde à população.

VALORES DEVIDOS A SANTA MARIA PELO ESTADO

• 2014 - R$ 3,2 milhões
• 2015 - R$ 636 mil
• 2016 - R$ 2,2 milhões
• 2017 - R$ 2,7 milhões
• 2018 - R$ 5,7 milhões
• 2019 - R$ 2,3 milhões
• Total - R$ 16,7 milhões